MANUEL D’ASSUMPÇÃO (1926-1969)

MANUEL D’ASSUMPÇÃO (1926-1969)

“ROSTO” – Técnica mista a cores sobre papel, representando rosto tridimensional abstraccionista. Obra assinada e datada na parte inferior [1962 • Rosto • D`Assumpção]. Bem conservada. Trabalho com moldura em madeira lacada a negro com cantos e frisos dourados.

Dim: 15x13,5 cm (Total da mancha)

Dim: 46x43 cm (Moldura)

 

Nota: Manuel Trindade D'Assumpção – Artista plástico português, nasceu no dia 24 de abril de 1926 na Travessa de Paulo Martins, freguesia da Ajuda - Lisboa e faleceu por suicídio na rua da Assunção em Lisboa no dia 21 de julho de 1969. Oriundo de uma família de Trás-os-Montes. Seu pai, Luís D’Assumpção nascido em 1899, aguarelista de mérito, era possuidor do Curso Superior de Belas Artes, tendo sido discípulo de Roque Gameiro. Em 1934 parte para Portalegre, juntamente com a irmã e com a madrasta. Manuel de D’Assumpção iniciou a sua aprendizagem artística de pintura e fotografia, durante a sua adolescência, quando tinha 14 anos, tendo como primeiro mestre o seu pai. Continuou os seus estudos com o pintor Manuel Barrias, um pintor expressionista de algum talento. Em 1947, partiu para Paris onde se tornou discípulo de Fernand Léger, tendo depois estudado História da Arte com Jean Cassou no Louvre. Em 1950, realizou uma exposição amplamente apreciada, aquando dos festejos do IV centenário da elevação de Portalegre a cidade, mostrando vinte aguarelas, três retratos e alguns motivos de Portalegre, Beira Alta, Lisboa e Cabeço de Vide. Em 1958, regressou a Lisboa, disposto a expor, como acontece no Salão de Outono da S.N.B.A., onde, ao apresentar o quadro intitulado Génesis, que o crítico José Augusto França elogiou num artigo no Diário de Noticias, atraiu as atenções do público mais esclarecido, conquistando rapidamente um núcleo de admiradores. Ainda no mesmo ano é premiado em Vila Real, sendo-lhe adquirido um quadro para o Museu de Arte Contemporânea. D'Assumpção / Rosiel, é uma das figuras mais notáveis da pintura portuguesa contemporânea e, principalmente, do abstraccionismo. Tal como a maioria dos pintores que nos finais dos anos cinquenta enveredaram pelo abstraccionismo, D'Assumpção era oriundo do surrealismo (grande parte da sua obra datada desse período foi destruída pela sua própria família). Esteve presente em diversas exposições individuais em Paris, Lisboa, Porto e Amarante. Nas exposições colectivas esteve presente em Paris, Bruxelas, São Francisco, São Paulo, Madrid, Lisboa, Porto, Amarante, Viana do Castelo e Vila Real. Em 1985/1986 realizou-se a exposição retrospectiva da obra do pintor português Manuel D’Assumpção, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian e com a iniciativa de João Pinto de Figueiredo e Jeanne Pinto de Figueiredo. A mostra, que possibilitou a reinterpretação e reavaliação da obra do artista, contou com um conjunto de 100 obras de pintura, 20 obras de desenho e duas esculturas, realizadas entre 1947 e 1969. Ref. Biog. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses. [pág. 147-148] // Michael Tannock. [pág. 14].